Todo ano é a mesma coisa: a farmácia tem que atualizar preço de medicamento! Historicamente entre o mês de março e abril a indústria farmacêutica anuncia os novos reajustes de preços sobre os medicamentos, e isso claro afeta diretamente toda a cadeia de distribuição e comercialização.
As farmácias e drogarias acabam repassando os novos índices para os consumidores. Diferentemente de vários outros segmentos de mercado, existem regras muito bem específicas de como as farmácias e drogarias de todo o país podem atualizar preço de medicamento. Mas você sabe como isso é feito na prática?
Continue a leitura e veja 10 dicas de como fazer para atualizar o preço de medicamento na farmácia ou drogaria!
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O que você quer ler primeiro?
Quem determina quando atualizar preço de medicamento?
No Brasil todas as farmácias e drogarias devem seguir as normas e regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ela é responsável por criar e fiscalizar regras sanitárias, publicadas através de RDC (Resolução da Diretoria Colegiada), Decretos e Portarias.
Dentro da ANVISA, existe ainda um outro órgão, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Esse órgão é um regulador de mercado, ou seja, é ele quem tem o poder de autorizar e determinar o valor do reajuste dos medicamentos no Brasil.
Caso esse órgão regulamentador de mercado não existisse, os laboratórios, distribuidores e varejistas farmacêuticos, colocariam o preço que julgarem adequado. Ainda mais quando estamos falando de medicamentos, sendo sua utilização indispensável para o tratamento de doenças. Ou seja, é um produto de saúde pública de primeira necessidade.
Para que não haja um verdadeiro balcão de leilões com o preço de medicamento, a CMED estabelece o Preço Máximo ao Consumidor (PMC). Dessa forma, o consumidor fica blindado dos abusos de preços que alguns varejistas farmacêuticos eventualmente poderiam tentar cometer na hora de atualizar preço de medicamento.
Como é feito o cálculo para atualizar preço de medicamento na farmácia?
Para chegar nesse teto, a CMED utiliza um Fator de Cálculo para cada lista de medicamento. Basicamente são três tipos de listas:
Lista Positiva:
Participam dessa lista os medicamentos que são isentos dos impostos de PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).
Lista Negativa:
Compõem essa lista todos aqueles medicamentos monofásicos, isto é, o PIS/COFINS são impostos pagos somente pela indústria, o distribuidor e as farmácias não precisam pagar.
Lista Neutra:
Nessa lista participam todos os medicamentos que geram um crédito de imposto na compra e um débito na venda. Lembrando que essa lista de fatores pode ser recalculada pelos órgãos competentes.
Como é calculado o Preço Máximo ao Consumidor (PMC)?
Para se chegar no PMC são considerados os custos de importação, produção, distribuição, e a margem de lucro e os impostos incidentes.
Primeiro é calculado o Preço Fábrica (PF) do medicamento. O PF é divulgado pela indústria farmacêutica, e leva em consideração os gastos de desenvolvimento e fabricação do medicamento.
Depois é necessário dividir o PF pelo Fator da Lista corresponde do medicamento, e ainda considerar a carga tributária do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços); do PIS/Pasep e do COFINS de cada Estado. Assim é calculado o valor do PMC de cada medicamento.
Como a farmácia fica sabendo quando atualizar preço de medicamento?
A CMED disponibiliza mensalmente uma listagem com todos os PMC que podem ser praticados pelo varejo farmacêutico. Porém, as mudanças mais significativas ocorrem anualmente no mês de abril.
Existem também revistas de preços (ABCFarma, Santa Cruz, Unitex) que fornecem o valor do PMC para as farmácias. Essas revistas realizam uma pesquisa mercadológica e já trazem a média de preço praticada pelo mercado, sempre respeitando o PMC.
Qual lista é melhor: CMED ou Revistas de Preço?
Na hora de atualizar preço de medicamento fica a dúvida de qual lista usar. Leve em consideração o seguinte:
A CMED é o órgão responsável por estabelecer o PMC nos medicamentos vendidos pelas farmácias e drogarias. A lista disponibilizada pela CMED mostra o teto máximo que a farmácia não pode ultrapassar na venda dos medicamentos.
Já no caso das Revistas de Preço, elas trazem uma melhor precisão dos preços que estão sendo praticados pelo mercado. Ou seja, nem sempre a concorrência está vendendo o medicamento no preço máximo que é permitido, o medicamento pode estar sendo vendido muito abaixo do PMC.
Por esse motivo é aconselhável utilizar as Revistas de Preço para atualizar os medicamentos da farmácia, pois elas já trazem a média de preço que está sendo praticado no mercado, sempre respeitando o PMC.
Como atualizar preço de todos os medicamentos da farmácia?
Já se foi o tempo em que o cliente entrava na farmácia e o balconista consulta a revista de preço deixada sobre o balcão e depois procura o produto na prateleira. Se isso ainda acontece na sua farmácia, sinto lhe informar, mas você parou no tempo.
Hoje existem no mercado excelentes sistemas de automação e gestão que já são oferecem automaticamente a consulta de preços atualizados.
Basta que você escolha a revista de preço que você está habituado e realizar o processo de atualizar preço de medicamento. Em poucos minutos todos os produtos que estão cadastrados no sistema são atualizados instantaneamente sem a necessidade de alterações manuais.
E o melhor, após a conclusão do processo de atualizar preço de medicamento é fornecido um comparativo sobre os percentuais reajustados dos anos anteriores.
10 dicas para atualizar preço de medicamento na farmácia
A formação de preço de venda dos medicamentos não costuma ser uma tarefa muito fácil para os donos e gestores de farmácias. Atualizar preço de medicamento exige uma série de conceitos financeiros e informações de mercado são necessários para realizar esse processo.
Muitas vezes essa função acaba sendo delegada para pessoas de pouco preparo que não possuem o conhecimento prático suficiente para realizar uma boa precificação. O resultado? A lucratividade da farmácia em queda.
Felizmente existem algumas técnicas simples que podem fazer a diferença quando usadas da forma correta. Abaixo listamos 10 dicas que podem ser utilizados pelas farmácias e drogarias para atualizar preço de medicamento:
1. Atualizar preço de medicamento sugerido pela indústria farmacêutica
Manter o preço conforme a tabela de preço dos medicamentos que é orientado pelo seu distribuidor pode ser uma ótima alternativa para precificar os produtos. Isso se deve pelo fato do interesse dos grandes laboratórios em vender seus produtos que estão em destaque em campanhas publicitárias.
Mesmo com essa estratégia é sempre bom verificar as características da sua região onde sua farmácia atua, pois os preços sugeridos podem ser insuficientes para gerar uma boa margem de lucro.
2. Aplique técnicas de Copywriting ao anunciar a nova atualização de preço
Resumidamente Copywriting são técnicas de escrita persuasiva que fazem as pessoas realizarem uma ação pré-determinada. Trazendo isso para a sua farmácia, podemos utilizar a técnica da especificidade nas etiquetas de preços, logo após atualizar preço de medicamento.
Na prática, ao invés de você colocar o preço de R$10.00, coloque R$9,97 ou então R$9,99.
Essa mudança causa um efeito na cabeça do consumidor, que olha primeiro para o número da esquerda, e inconsistentemente tem a sensação de que não está pagando R$10 mas sim R$9, ou seja, os outros centavos passam desapercebidos, aumentando as chances de comprar o produto.
3. Use a técnica da ancoragem de preço
É muito mais fácil vender um produto quando o consumidor tem outro da mesma categoria para comparar. A técnica da ancoragem consiste em estabelecer comparação de preço.
Por exemplo: Um mesmo produto de 3 laboratórios diferentes: o primeiro é vendido a R$19.99, o segundo a R$ 17.99 e o último sai por R$11.99.
Veja que agora o consumidor tem a impressão que o terceiro produto é bem mais barato e tem a certeza de estar fazendo um ótimo negócio. Porém na realidade os 3 produtos saem pelo mesmo preço de R$11.99.
Você apenas ancorou o terceiro produto nos outros dois para dar a percepção de um menor preço, muito útil na hora de atualizar preço de medicamento.
4. Faça parte de redes cooperativas
Já ouviu falar em compras coletivas? O conceito não é novo e já é adotado por várias farmácias para tentar combater as grandes redes de farmácias. Funcionada da seguinte forma: várias farmácias de uma mesma cidade ou região se juntam para fazer um único pedido de compra.
Dessa forma elas ganham poder de barganha com o distribuidor, devido a quantidade de produtos ser muito alta, é possível conseguir bons descontos, impactando na hora de atualizar preço de medicamento, isto é, no preço final do produto ao consumidor.
5. Ofereça diferenciais ao consumidor
Se a sua farmácia não participa de redes cooperativas e não possui condições de lidar com o preço baixo da concorrência, então procure destacar outros pontos da farmácia que vão agregar valor para os consumidores. Na maioria das vezes, dependendo o público, o preço não é fator decisivo de compra, e mesmo depois de atualizar preço de medicamento o consumidor continuar comprando a mesma quantidade.
Por exemplo: existem pessoas que prezam pela praticidade de um estacionamento, outras querem um ambiente agradável, há quem busque por pequenos serviços ambulatoriais (aferição de pressão, assistência farmacêutica, orientações, aplicação de injetáveis, etc).
Procure ter alternativas e não foque somente no preço dos produtos na hora de atualizar preço de medicamento!
6. Promova a compra de outros produtos sem dar descontos financeiros
Dependendo da formação do preço do produto, já é calculado o percentual de desconto que é possível oferecer aos clientes sem prejudicar a margem de lucro. É muito comum as farmácias optarem por oferecer descontos se cliente comprar um segundo ou terceiro produto.
“Na compra de um xampu da marca X, ganhe 20% no condicionador Y.”
Ao invés de fazer isso, você pode transformar esse desconto em um produto.
Por exemplo: Se o cliente comprar um produto que custa R$49.99 ele “leva de graça” um outro produto de R$9.99. Repare que o desconto continua sendo os mesmos 20% (R$49.99 x 20% = R$9.99).
E qual a vantagem de fazer isso? Você pode “desencalhar” do estoque os produtos que não tem grande saída e estão próximos do vencimento e ainda sim garantir um bom lucro.
7. Preço baixo não é sinônimo de venda
Julgar que todo cliente quer pagar sempre o menor preço é um erro clássico cometido pelas farmácias ao atualizar preço de medicamento. Tudo vai depender do tipo de público-alvo que você quer atingir.
Basicamente, quando o consumidor já tem muita informação sobre o produto que quer comprar ou esse produto for de primeira necessidade, mais o preço será decisivo.
Agora quando o cliente tem pouca ou nenhuma informação sobre o quer comprar ou o produto não é tão essencial, o preço será mais irrelevante na decisão de compra. Ter essa percepção é fundamental para que você possa fazer o sortimento correto do mix de produtos oferecidos pela sua farmácia.
8. Respeite sempre o PMC na hora de atualizar preço de medicamento
Como já falado anteriormente, as farmácias não podem vender os produtos a qualquer preço. Cada medicamentos possui o seu PMC (Preço Máximo ao Consumidor) que é definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Entretanto não existe uma regra sobre um preço mínimo de venda. Em muitos casos é possível ter uma boa margem de lucro vendendo muito abaixo do PMC permitido.
9. Faça a atualização de preços dos produtos
Todo final do mês de março de cada ano os medicamentos sofrem um grande reajuste de preço. É importante que sua farmácia faça a atualização dos preços de todos os produtos vendidos.
Se você deixar de fazer esse processo pode acontecer do PMC de um determinado produto ser reduzido e você continuar vendendo no preço antigo, ou seja, vendendo acima do permitido por lei.
Também pode acontecer o contrário, o PMC de um medicamento aumentar e você continuar vendendo no preço antigo, fazendo com que sua farmácia perca dinheiro quando for atualizar preço de medicamento.
10. Utilize o sistema da farmácia para atualizar preço de medicamento
Existem sistemas de farmácia no mercado que permitem a farmácia realizar a atualização da formação de preço de venda de forma automática em todos os produtos cadastrados.
Isso poupa muito tempo dos colaboradores, que não precisam ficar consultando manualmente as revistas de preço para alterar cadastro por cadastro no sistema.
Se o sistema atual da sua farmácia não for capaz de fazer o processo da formação de preço de venda de forma automática, é aconselhável procurar outras opções no mercado que vão facilitar a precificação dos produtos.
Conclusão
- A CMED é um órgão subordinado à ANVISA;
- A CMED é a responsável pela regulamentação dos preços dos medicamentos no Brasil;
- Os preços dos medicamentos são controlados para evitar abuso nos preços práticos pelos varejistas farmacêuticos;
- O PMC é calculado através dos custos de importação, produção, distribuição, margem de lucro e os impostos incidentes.
- O PF é o preço máximo que a indústria farmacêutica pode vender aos distribuidores;
- As farmácias e drogarias NÃO podem vender medicamentos acima do PMC definido pela CMED;
- É PERMITIDO que farmácias e drogarias vendam medicamentos abaixo do PMC;
- Existem produtos (correlatos e perfumaria) que não possuem PMC e podem ser vendidos a qualquer preço pelas farmácias e drogarias;
- Os consumidores podem realizar denúncias para a CMED caso encontrem preços acima do PMC;
- As revistas especializadas de preços oferecem um estudo mercadológico do preço praticado pelo mercado, sendo a melhor opção para a farmácia atualizar o preço dos seus medicamentos;
- Existem no mercado sistemas que fazem automaticamente a atualização de preço dos medicamentos da farmácia.
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