É sempre um desafio para o gerente de farmácia lidar com as cobranças, metas, buscar bons resultados e além disso saber como gerir os colaboradores, principalmente no varejo farmacêutico, que apresenta a cada momento novos desafios.
Ser o gerente de um negócio como uma farmácia requer muitas competências, habilidades e atitudes. Além de se preocupar com a equipe, esse profissional deve focar em melhorar seu desempenho e produtividade. Isso é importante porque um líder que dá o exemplo e apresenta resultados inspira seu time a atuar da mesma forma, o que é essencial para o sucesso do negócio.
Em meio ao um mercado de trabalha competitivo, pequenas atitudes no perfil comportamental, ações do dia a dia fazem o gerente de farmácia se destacar e ser valorizado pelas farmácias e drogarias.
Nesse artigo listamos 4 diferencias que fazem um bom gerente de farmácia se visto com “bons olhos”, além de também trazer 3 ações que poucos gestores se preocupam no ambiente de trabalha, e por fim 6 dicas para aumentar a produtividade do gerente de farmácia. Confira!
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O que você quer ler primeiro?
4 diferenciais do bom gerente de farmácia
1. Saber canalizar as emoções para o lugar certo
Os seres humanos são constituídos por uma grande avalanche de emoções. O ponto é que nem sempre conseguimos controlar essas emoções e isso reflete nas ações do dia a dia que o gerente de farmácia tem que tomar. O problema é que essas ações não costumam ser direcionadas para o objetivo que é traçado para o negócio.
A inteligência emocional fornece o controle necessário para que o gerente de farmácia não decida nada no calor das emoções e acabe se prejudicando com isso. O gerente de farmácia que possui inteligência emocional está sendo bem mais visto pelas empresas do que aqueles que possuem um alto grau de inteligência. Isso porque emoções são distrações para o profissional atingir os resultados esperados pela farmácia.
Exemplo de inteligência emocional para o gerente de farmácia
Suponha que você como gerente de farmácia fechou um ótimo pedido de compra com um grande distribuidor. Isso graças ao bom relacionamento que você teve com o novo representante comercial do laboratório. Muito entusiasmado com a grande negociação, você dá a notícia para sua mulher.
O entusiasmo é tamanho que você até mostra uma foto do representante para sua mulher. Ela imediatamente reconhece a pessoa da foto e acaba revelando que coincidentemente se trata do seu ex-namorado.
Nesse caso, uma pessoa sem inteligência emocional ficaria furioso com a situação. Primeiro iria destilar seu descontentamento com a própria mulher (e muito provavelmente dormir no sofá!) e posteriormente desfazer a negociação cancelando o pedido de compra.
Percebe a dimensão dessa situação? A inteligência emocional é uma ferramenta muito poderosa que auxilia o gerente de farmácia nesse tipo de cenário dominado por sentimentos passionais. Por que você prejudicaria o seu próprio emprego como gerente de farmácia em detrimento de ciúmes sem cabimento?
Então jamais tome qualquer decisão embasado em sentimentos. Aprenda a usar a inteligência emocional à seu favor, para isso existem muitos bons profissionais no mercado que podem te auxiliar.
2. Dar bom exemplo como gerente de farmácia
Suas atitudes como gerente de farmácia, querendo ou não, são o espelho para os demais colaborares. Isto na prática quer dizer que todos estão observando como você age, ou melhor, você é o exemplo da empresa na posição de gerente de farmácia.
O gerente de farmácia deve ter cuidado com a imagem que passa para sua equipe:
- você atende mal um cliente com indelicadezas?;
- dá bronca no colaborador na frente de toda a equipe?;
- não assume os seus próprios erros como gerente de farmácia?;
- fica o tempo todo ao celular no horário de trabalho?;
- instala jogos nos computadores da farmácia?;
- é grosseiro com o suporte do sistema da farmácia?;
- acessa sites de entretenimento o tempo todo?;
- chega e vai embora na hora que quiser sem da satisfação?;
- faz constantes retiradas pessoais de valores do caixa?; e
- não aplica gestão na farmácia?
Se você costuma fazer alguma dessas ações rotineiramente enquanto gerente de farmácia, como pode cobrar da sua equipe que haja diferente, se nem você consegue seguir o está falando? Você pode até impor sua autoridade como gerente de farmácia e colocar os colaboradores “na linha”, mas pelas suas costas não vão fazer muito esforço para seguir suas ordens.
Nesse caso você se tonou um chefe, que consegue as coisas apenas com artifício do seu cargo de gerente de farmácia. Colaboradores engajados com o propósito da empresa seguem exemplos de líderes e não precisam de autoridade para saberem o que devem fazer.
3. Saber delegar responsabilidades como gerente de farmácia
Você chega cedo na sua farmácia e logo ao adentrar no estabelecimento, é abordado por um colaborador, que relata sobre a existência de um grave problema. O que você costuma fazer na posição de gerente de farmácia?
Normalmente você acaba assumindo as dores e “pega” esse problema para si. Não é verdade? Ordena que seu colaborador explique detalhadamente o problema e parte para a procura da resolução.
Veja que você agora é o responsável por esse problema. O colaborador simplesmente terceirizou em você a resolução. E o pior disso tudo é a imagem que fica para os demais da equipe. Não demora muito para que você seja cobrado pelos seus próprios subordinados. Isso mesmo!
“Chefe, o que aconteceu com o problema daquele cliente que tinha te passado ontem?”
“Preciso de uma solução, o que eu vou dizer para o cliente daquele problema?”
Notou que ouve uma inversão de papéis na imagem do gerente de farmácia? Você agora é quem trabalha para os seus subordinados. Como se isso não bastasse, ainda tem como piorar. À medida que você fica abarrotado de problemas para resolver, alguns vão sendo deixado de lado e não são resolvidos.
Sua equipe agora tem a percepção que você não é capaz de resolver um simples problema como gerente de farmácia. Podem até questionar sobre sua competência para estar no cargo de liderança que ocupa. Percebeu a gravidade que um simples ato pode desencadear? Então jamais pegue problemas de outras pessoas para si!
4. Não tente viver o futuro no presente
É absolutamente compreensível os anseios do gerente de farmácia que querem ver sua carreira profissional tornar realidade e conquistar bons salários. O problema disso é a ansiedade de que tudo possa acontecer o mais breve possível.
O gerente de farmácia fica obcecado pelo futuro e não consegue pensar mais no que está acontecendo no presente. Os efeitos colaterais vão sendo refletidos na deterioração da saúde física e mental. Chega um ponto que o estresse é tão elevado que acontece a Síndrome de Burnout.
Viver o momento até pode aparentar ser simples, mas é bem verdade que isso demanda muito controle do gerente de farmácia:
- “E se o pedido de compra não for entregue no prazo, haverá ruptura no meu estoque!”
- “Devo trabalhar com crediário próprio e ampliar meu faturamento ou optar pela segurança do pagamento à vista?”
- “Já está quase no final do mês e farmácia não bateu as metas de vendas”
- “E se as transmissões de controlados da farmácia para a Anvisa não forem aceitas?”
- “Será que aumentar as comissões de vendas vai fazer minha farmácia vender mais?”
- “E se os novos colaboradores que contratei não “performarem” como eu espero?”
- “Minhas campanhas de marketing vão dar mesmo certo”?
- “Como o concorrente conseguiu vender o produto nesse preço?”
- “Será que escolhi o sistema certo para minha farmácia”?
Já teve algum desses pensamentos na cabeça no cargo de gerente de farmácia? Pare de uma vez de pensar o tempo todo no futuro. Claro que uma boa dose de planejamento é essencial, mas muitas varáveis estão fora do seu controle e você não tem como controlar exatamente o que irá acontecer.
Vamos ser francos, você nem ao menos sabe o que poderá acontecer amanhã na sua farmácia. Faça um planejamento plausível conforme seus recursos e estabeleça um objetivo alcançável. A partir daí viva o presente de modo que o futuro vá aos poucos tornando sua realidade.
O gerente de farmácia tem que estar preparado para enfrentar
Estresse da rotina na farmácia
O esgotamento mental causado pelo excesso de trabalho, obrigações, prazos e metas que parecem inalcançáveis são os principais causadores do estresse no âmbito profissional. Outros fatores externos, como problemas de família, complicações de saúde, falta de lazer e uma vida desequilibrada, também contribuem para o estresse do gerente de farmácia.
O profissional estressado impacta negativamente em todos os outros profissionais da empresa, além de promover um ambiente desagradável para o desempenho das atividades corriqueiras.
Ser flexível à mudança
Quando a rotina de trabalho do profissional é alterada, pode causar desconforto e reduzir a produtividade. Por exemplo: o dono da farmácia troca o horário do gerente, porém esse novo horário impede essa pessoa de buscar o filho pequeno na escola, gerando um desconforto emocional.
Esse profissional já não mais desempenhará sua função com o mesmo desempenho de antes. Até mesmo quando a mudança é positiva para o negócio o profissional tende a ficar receoso se sua rotina é alterada. Como no caso da troca do sistema da farmácia, o profissional é forçado a sair da sua zona de conforto e aprender como usar o novo sistema.
Se posicionar como líder
Profissionais que estão contribuindo e participando de um propósito, se sentem úteis e geram mais engajamento no desempenho das atividades. A liderança deve ser muito bem definida dentro da farmácia ou qualquer outra empresa.
O gestor deve nortear os colaboradores. Mas tenha cuidado! Não confunda liderança com autoritarismo. Líder estimula as pessoas a darem o melhor de si, ao invés de cobrar resultados a todo custo.
Ter a capacidade de se automotivar
Existem diferentes perfis de colaboradores, cada qual lida com as situações que ocorrem na empresa de uma forma peculiar. Mas é unânime que a motivação causa um efeito poderoso em qualquer perfil de profissional, fazendo-o contornar dificuldades com mais ânimo.
A motivação externa, aquela feita pelo gestor, é muitas vezes confundida apenas com estimulo financeiro. Porém a motivação deve partir do próprio colaborador. É ele quem deve encontrar o real motivo de fazer parte da equipe. O gestor pode e deve auxiliar nesse processo, através do diálogo e empatia.
6 dicas para aumentar a produtividade do gerente de farmácia
1. Manter-se atualizado com as inovações do mercado
É muito difícil liderar uma equipe e exigir mais produtividade e melhorias se o gerente de farmácia não detém um conhecimento atualizado sobre as novidades da sua área de atuação. Isso torna-se ainda mais importante nos dias atuais, em que as mudanças acontecem muito rápido e em um ritmo exponencial.
Por isso, mais do que nunca, é indispensável que o gerente de farmácia esteja totalmente alinhado às tendências, ideias e soluções que facilitam o seu trabalho no dia a dia e demonstram proatividade aos clientes.
Com a internet, existem infinitas fontes de boas informações, que possibilitam um aprendizado contínuo e efetivo, mesmo que você não tenha tempo de sobra para estudar. Mídias como blogs e podcasts — para ouvir no trânsito, por exemplo —, palestras, cursos, seminários e afins possibilitam estar sempre com uma nova informação sobre um medicamento na ponta da língua, que pode ser essencial para aumentar suas vendas.
2. Saber organizar as tarefas do dia a dia
Em uma farmácia, o excesso de atividades pode gerar inúmeros confusão e erros de comunicação. Para evitar que isso aconteça, é essencial que você se organize da melhor forma possível e desenvolva a habilidade de delegar atividades para a sua equipe. Afinal de contas, uma postura centralizadora pode ser um verdadeiro tiro no pé do negócio.
Agindo assim, em vez de passar uma imagem de superprofissional, você acaba herdando uma sobrecarga profissional, o que também gera uma sensação de impotência entre os colaboradores. Com isso, o engajamento e a produtividade da equipe serão afetados e os resultados da empresa provavelmente ficarão aquém do esperado.
Para evitar esse tipo de situação, é essencial que todo gerente de farmácia seja capaz de delegar tarefas. Ao fazer isso, é indispensável deixar bem claro quem ficará responsável por cada tarefa. Da mesma forma, o prazo para a conclusão das atividades também tem de estar muito bem alinhado junto aos funcionários.
A fim de que o processo aconteça com sucesso, é fundamental conhecer as características, habilidades e pontos de melhoria dos seus liderados. Dessa forma, será possível direcionar as atividades conforme o perfil de cada funcionário, o que será crucial para a farmácia conquistar seus objetivos .
3. Propor feedbacks das ações
Para que aumentar sua capacidade produtiva, é muito interessante que o gerente de farmácia tenha uma postura digna dos grandes líderes e se abra para receber feedback dos seus atendentes — se for o caso, o retorno pode ser dado até mesmo de forma anônima. O mais importante é que todos tenham clareza em relação à efetividade das suas ações no dia a dia do negócio.
Em muitas situações, os funcionários trarão sugestões que o líder não se atentou e isso pode ser fundamental para que novas ações sejam implementadas na operação. Lembre-se de não cair no erro de achar que, por estar em um cargo de liderança, o gestor sempre sabe mais do que os subordinados. O conhecimento e as habilidades são vias de mão dupla e, quando integradas, podem beneficiar a empresa como um todo.
4. Ser flexível e aberto a mudanças
A figura e o papel do líder mudou de forma acentuada ao longo dos tempos. Nos dias de hoje, por exemplo, é totalmente possível controlar projetos e pessoas a distância, algo que era impensável há alguns anos. Nesse sentido, é cada vez mais indispensável para o gestor se abrir para o novo e para mudanças que muitas vezes são inevitáveis.
Atuar nesse contexto significa que o líder está aberto para receber novas ideias e sugestões para otimizar os processos e a gestão do negócio como um todo. Com isso, os profissionais se mostrarão mais motivados e mais dedicados na realização das atividades.
5. Estabelecer metas claras
É essencial estudar o cenário no qual seu negócio está inserido de forma minuciosa. A partir do momento em que o gestor vislumbra as diversas possibilidades, fica muito mais fácil estabelecer metas claras. Além de claras, é fundamental que essas metas também sejam possíveis de serem alcançadas.
Portanto, apesar da necessidade de propor objetivos ousados, eles precisam ser viáveis. É preciso lembrar que não adianta propor metas mirabolantes se elas estiverem distantes da realidade do negócio. Para fazer isso, você pode trabalhar a metodologia SMART, que é composta pelos seguintes fatores:
- Específico: a meta precisa ser muito bem compreensível para todos;
- Mensurável: é essencial mensurar todas ações, até o resultado final;
- Alcançável: as metas têm de ser palpáveis e afins à realidade das empresa;
- Relevante: o objetivo tem de ser relevante, conforme com as estratégias estabelecidas;
- Temporal: é crucial determinar um prazo para os objetivos a serem cumpridos.
6. Utilizar softwares de gestão
Atualmente, a transformação digital é um fenômeno que invadiu o dia a dia das pessoas, influenciando a forma com elas se comportam e consomem. No caso das empresas, acontece a mesma coisa. Mais do que nunca, os negócios precisam se adaptar à realidade tecnológica demandada pelo mercado.
Nesse sentido, o gestor deve estar atento para substituir determinadas tarefas que são realizadas de forma manual e burocrática, de forma que elas sejam substituídas por softwares de gestão que tornam os processos mais otimizados. Assim, fica muito mais fácil para seu negócio atingir seus objetivos e bater suas metas.
Para isso, é preciso ter muita atenção. Mais do que adotar novas tecnologias, é essencial que isso seja feito para facilitar o trabalho dos colaboradores e atender às necessidades dos consumidores.
3 ações na rotina do gerente de farmácia que fazem a diferença
A farmácia sem proteção adequada estará muito vulnerável à ataques cibernéticos. E o que isso quer dizer? Mais dor de cabeça para o gerente de farmácia, mais prejuízos para a emprega e menos dinheiro no seu bolo no final do mês! Isso porque a visão sobre investimentos em segurança digital ainda é tímida nas farmácias de pequeno e médio porte.
Alguns gerente de farmácia ainda não se preocupam com o fato de que podem a qualquer momento serem “roubados virtualmente”.
Provavelmente você tranca sua casa antes de sair, não dá as chaves para qualquer pessoa, e ainda pode ter até um seguro contra roubos. Não é mesmo? Então porque você não dá a mesma importância para as informações no seu trabalho?
Para você ter uma ideia do poder destrutivo de fazer “vista grossa” para a segurança digital das suas informações, um simples smartphone de qualquer cliente conectado na rede wifi da sua farmácia já é uma brecha suficiente para que pessoas mal-intencionadas possam acessar o seu banco de dados.
Uma vez que isso acontece você fica refém dos criminosos, que podem sequestrar todas as suas informações de estoque, compras, fornecedores, vendas, faturamento, cadastros de clientes, crediário, recebimentos, enfim, e depois pedem o resgate extorquindo seu dinheiro. Você, como gerente de farmácia definitivamente não quer que tudo isso aconteça, não é verdade?
De fato, você não precisa passar por todo esse transtorno! Listamos a seguir 3 ações que o gerente de farmácia precisa fazer para manter as informações da empresa seguras.
1. Preocupar-se com a segurança das informações da farmácia
Para quem ainda não ouviu falar sobre o termo backup, não se assuste. Resumidamente backup quer dizer uma cópia de segurança. Mas copiar o quê? Bem, na sua farmácia você certamente utiliza um sistema para emitir nota fiscal, vender os produtos, dar entrada e baixa no estoque, registrar recebimentos e pagamento, enfim, fazer a automação da rotina e gestão do seu negócio.
Todos esses registros de entradas e saídas são armazenados em um único lugar. E esse é o problema. Armazenar tudo no mesmo local é muito arriscado. Imagine que por algum motivo haja uma queda de raio no bairro e sua farmácia é atingida. Pronto! Já é o suficiente para queimar o Hard Disk (HD) onde estavam salvos todos os seus dados. Suponha também que você foi vítima de um ataque virtual, e os criminosos roubaram seu banco de dados.
E aí? Como que faz? Inicia a farmácia do zero? Você perdoa todas as dívidas dos clientes, faz um acordo com os fornecedores, começa novamente a calcular a comissão dos vendedores, faz um balanço de estoque, fecha e abre de novo o inventário de controlados?
O gerente de farmácia deve ser o responsável pelo backup dos dados!
A ação neste caso é diversificar os locais onde são salvos os dados da sua farmácia. Como assim? Existem sistemas de automação e gestão no mercado que fazem automaticamente uma cópia dos dados para a nuvem.
Basicamente os seus dados são enviados para outros locais do mundo por meio da internet, ficam disponíveis 24 horas por dia e podem ser acessados em qualquer lugar. Assim se o Hard Disk do computador que fica instalado o banco de dados da sua farmácia queimar, ou você sofrer roubo de dados, é possível recuperar todas as suas informações facilmente.
Mas isso só é possível se você fizer o backup diariamente. Isso mesmo! Não vai adiantar muito fazer uma cópia a cada 15 ou 30 dias. O backup deve ser feito todo dia. Dependendo do seu fluxo de vendas, é indicado fazer o backup de horas em horas.
Felizmente existem sistemas de farmácia que esse processo acontece automaticamente e você nem precisa se preocupar. Por isso é importante saber se o sistema atual da sua farmácia tem esse recurso extremamente importante.
2. O gerente de farmácia precisa considerar o fator humano
Os colaboradores têm o hábito de ficar entrando em redes sociais, ficam navegando na internet com o computador da farmácia, acessam o e-mail pessoal e saem clicando em qualquer anúncio?
Pode parecer algo banal, mas saiba que muitos ataques virtuais ocorrem simplesmente porque a vítima autorizou. Isso mesmo que você acabou de ler! Programas de computadores são instalados sem você saber. Através de um clique em algum link na internet já é o suficiente para que o computador da farmácia seja infectado por vírus e programas espiões.
Isso não quer dizer que o gerente de farmácia deve tornar o ambiente um regime comunista e controlar tudo que é acessado pelos colaboradores, longe disso! O que deve prevalecer é sempre o bom sendo. Mas o que é bom sendo no mundo virtual?
As pessoas se esquecem que no ambiente de trabalhado devem ser seguidas regras de segurança digital. É fundamental você deixar claro para sua equipe quais são as boas práticas que mantém a integridade dos dados.
Reúna a equipe e pondere as seguintes práticas:
- Não inserir pen-drive, cd, dvd, ou qualquer outra mídia nos computadores da farmácia, pois eles podem conter vírus e programas maliciosos;
- Evitar carregar o smartphone através do cabo USB nos computadores da farmácia, pois o aparelho pode estar infectado e contaminar os computadores da farmácia;
- Nunca o colaborador deve falar sua senha de acesso do sistema para qualquer pessoa;
- Sempre clicar no botão “sair” ou “logoff” do sistema da farmácia, assim a sessão do usuário não ficará aberta para outro colaborador que não tenha permissão de acesso para determinadas funções do sistema;
- O sistema da farmácia deve possuir Definições de Acesso para cada nível de colaborador, assim o Caixa não consegue acessar as informações do Financeiro, por exemplo.
- O computador onde fica o banco de dados da farmácia não deve ser utilizado pelos colaboradores;
- Manter atualizado na última versão todos os programas que estão instalados nos computadores;
- Os colaboradores devem evitar acessar sites inseguros, como por exemplo aqueles com anúncios que oferecem muita vantagem;
- Não clicar em links ou e-mails duvidosos, sempre desconfie quando a oferta é muito generosa. Você pode passar o mouse sobre o título do link e observar no rodapé da janela onde aquele link irá te direcionar;
Essas regras básicas jamais podem cair no esquecimento. Por isso o gerente de farmácia precisa enfatizar constantemente a importância de seguir as boas práticas para manter a segurança digital da farmácia. Indo mais além, existem sistemas de farmácia que oferecem treinamentos online sobre segurança, sendo uma ótima opção de treinamento para toda sua equipe.
3. O gerente de farmácia precisa ter sistema moderno
Já é um clichê dizer que no mundo digital tudo muda constantemente. Isso também não é diferente para os criminosos. Novos vírus, programas maliciosos, métodos de invasão surgem a cada dia. Então como você vai ficar protegido disso tudo se sua farmácia usa um sistema que não é atualizado a anos?
Reflita um pouco:
- Você sente segurança na hora de emitir um cupom fiscal e finalizar uma venda rapidamente sem deixar o cliente esperando?
- Seu sistema é fácil de usar? Você tem que ficar treinando e orientando seus colaboradores toda a hora para garantir que nada seja feito da forma errada?
- Você pode contar com uma assistência técnica a qualquer momento do dia? Ou tem que se “virar” sozinho quando algum imprevisto acontece bem no momento da venda?
- O sistema atual da sua farmácia foi desenvolvido com as últimas tecnologias do mercado?
- Existem novas versões com novos recursos e melhorias? Seu sistema parou no tempo?
Muitos gestores e donos de farmácia ainda preferem “economizar” contratando um sistema para a farmácia que não é atualizado com as novas tecnologias e nem sequer possuam assistência técnica. O que é um erro! Sistemas desatualizados, além de dificultarem a rotina dos colaboradores, estão propensos a novas invasões e ataques recém praticados pelos criminosos.
O gerente de farmácia deve se preocupar com a saúde mental dos colaboradores
Em meio a tanta competição por resultados o gerente de farmácia acaba se esquecendo justamente que pessoas não são números. Elas precisam ser respaldadas tanto física quando emocionalmente para poderem “perfomar” da melhor forma possível dentro de suas capacidades e limitações.
Propondo uma reflexão para você que deseja ou é um gerente de farmácia: responda de forma sincera: Você se preocupa com a saúde mental dos colaboradores da sua farmácia?
Creio que ainda não tenha dado a devida importância para esse aspecto. Infelizmente isso é muito comum em qualquer lugar. Muitos gestores só querem enxergar os resultados, independentemente de como serão alcançados pelos colaboradores. Mas pense comigo:
- quem vende os produtos da sua farmácia?
- quem faz os cotações e compras?
- quem precifica os produtos, etiqueta, estoca, faz a entrega?
- quem administrada?
- quem é o responsável pela venda de controlados?
Todos os responsáveis são PESSOAS! Se as pessoas que trabalham no seu negócio não estão bem consigo mesmas, elas não podem dar o seu melhor. A saúde mental dos colaboradores está diretamente ligada com a lucratividade da sua farmácia! Simples assim!
Se você proporciona condições físicas e emocionais adequadas, com uma boa gestão o negócio se torna lucrativo. Por isso é imprescindível que o gestor de farmácia detecte se sua atual gestão está causando problemas emocionais nos colaboradores, como a síndrome de Burnout.
Seus colaboradores podem estar com Burnout!
Muita gente pensa que o Burnout é exclusivamente causado pelo excesso de trabalho. Um grande equívoco! O Burnout acontece quando a pessoa é submetida diariamente a altas cargas de estresse. O indivíduo tem tanta obrigação que excede sua capacidade de lidar com isso.
A quantidade de trabalho aumentou proporcionalmente à medida que o Coronavírus se espalhou pelo país. Os estabelecimentos farmacêuticos, postos de saúde e hospitais estão tendo uma carga de exigência demasiada nesse período.
Todos nós temos nossas limitações, porém quando não sabemos qual é o limite ou não aprendemos a dizer não, surgem complicações emocionais, pois nosso corpo não está habituado ou preparado para essa dose de estresse.
Conceitualmente a síndrome de Burnout já é estudada alguns anos, desde a primeira vez em 1969, sendo detectada em policiais norte-americanos que apresentavam comportamentos atípicos, após alguns anos de serviço. Um pouco mais tarde nos anos 1986 os psicólogos definiram o Burnout como um cansaço mental que ocorre principalmente em profissionais que atuam diariamente com clientes e usuários.
Essa síndrome, se não tratada, continua progredindo na pessoa ao ponto da exaustão mental, onde a pessoa perde completamente a motivação por fazer qualquer coisa na sua vida.
Como o gerente de farmácia pode identificar a Síndrome de Burnout na sua equipe?
Basicamente o Burnout possui duas fases. Na primeira o colaborador vai fazer um esforço muito além do que ele mesmo consegue, ultrapassando seus limites pessoais e profissionais para atingir as metas que lhe foram impostas. A medida que a pessoa não consegue atingir essas metas, ela irá cada vez mais aumentar seu esforço físico e mental para conseguir.
Já na segunda fase, o colaborador não atinge as metas e isso faz com que ele entre em estado de apatia, decadência e elevado grau de frustração. O mal-estar passa ser uma constante no seu dia a dia.
O que é curioso dessa síndrome é que em algum momento, por algum fator externo, a pessoa tem um lapso de esperança de conseguir atingir as metas que não havia conseguido, voltando para a primeira fase.
Esse círculo sem fim começa a consumir todo o tempo da pessoa, ela imagina que não consegue atingir as metas pois não se dedicou o suficiente, o que não é verdade. Chega um ponto que a pessoa não faz outra atividade sem que haja relação com seu objetivo principal.
Quando esse contexto não é identificado pelo gestor, o mesmo julga normal colocar mais pressão, responsabilidades e cobranças sobre o colaborador, potencializando ainda mais a probabilidade da pessoa atingir o Burnout.
O que causa esgotamento mental?
As pessoas que são diagnosticadas com Burnout foram submetidas por longos períodos de tempo (meses e anos) a fatores estressantes quase que diários, que potencializaram o aparecimento dessa síndrome. O gerente de farmácia deve ficar atendo aos seguintes fatores:
- Contato com pessoas problemáticas (que só falam de problemas exageradamente);
- Exposição excessiva com reclamações, críticas e queixa de clientes, gestores ou colegas de trabalho;
- Muitas responsabilidades além do que a pessoa suporta;
- Tem que lidar com decisões complexas diariamente;
- Trabalhos muito monótonos (geralmente manuais);
- Trabalhos muito exigentes (muito complexo para ser executado);
- Condições do ambiente inadequadas (ruídos, pouco espaço, falta de ventilação, etc).
6 sinais que o gerente de farmácia deve prestar atenção nos colaboradores
Não é muito simples fazer um diagnóstico, mas algumas características podem dar uma ideia se o colaborador pode estar desenvolvendo a síndrome de Burnout. Repare diariamente em alguns aspectos de todos os colaboradores da farmácia:
1. Humor ao realizar atendimento farmacêutico:
Existe algum colaborador da farmácia que de algum tempo para cá sempre está fechado, evita conversas, sempre anda mal-humorado? Está aborrecido com a vida, trata os clientes com intolerância?
2. Isolamento dos demais colegas
Algum colaborador ultimamente está se recusando a trabalhar em grupo, evitando pessoas, está se isolando cada vez mais?
3. Momentos constantes de decepção
Na conversa com seus colaboradores, você notou que alguns estão decepcionados aparentemente sem motivo com seu trabalho, não se sentem valorizados e estão insatisfeitos?
4. egocêntrico nas atitudes
Reparou se na farmácia alguém anda exagerando somente no seu trabalho, querendo atingir rapidamente suas metas individuais? Essa pessoa está tomando atitudes que estão prejudicando as demais?
5. Insensibilidade do funcionário
Algum colaborador está tratando as pessoas como se fossem “objetos”? Está sendo rude com duras críticas (por mais que esteja com a razão)? Estão falando muito sobre problemas?
6. Medo fora do normal
Tem algum colaborador que apresenta muito medo de ouvir qualquer coisa ruim? Foge de problemas, nem se quer consegue ouvir sobre a doença que o cliente está passando?
Claro que somente com profissionais qualificados (psiquiatra e o psicólogo) é possível diagnosticar adequadamente a pessoa. Porém se o gerente de farmácia identificou alguns desse pontos em qualquer colaborador da sua farmácia, cabe uma conversa e direcionamento para o médico.
Se o burnout não for tratado a pessoa corre o risco de desenvolver fadiga crônica, vícios em drogas, com por exemplo o alcoolismo, além de desencadear outras complicações de saúde.
A cura do burnout é feita através de psicoterapia, envolvendo também medicamentos antidepressivos. Geralmente com 90 dias após o início do tratamento a pessoa já começa a ter melhoras notáveis, mas isso pode variar conforme o grau da doença.
Conclusão
E aí, o que achou dessas dicas para aumentar a produtividade do gerente de farmácia? Colocando essas ideias em prática, com certeza a sua farmácia estará muito mais preparado para inovar e otimizar processos e se estabelecer em um contexto de crescimento contínuo e sustentável.
Se você acha que é o momento de adotar um sistema para melhorar a gestão da sua farmácia, entre em contato com a gente! Estamos preparados para atendê-lo com soluções que podem ser essenciais para os próximos passos e para os avanços do seu negócio.
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