Você já conhecia o termo MAV? Ele se refere aos Medicamentos de Alta Vigilância, que são aqueles que apresentam maior risco de causar danos significativos aos pacientes em caso de falha no processo de utilização.
Se você ainda possui dúvidas nesse assunto, não se preocupe! O Blog InovaFarma resumiu os principais tópicos que você precisa saber sobre os MAVs.
Além disso, trouxemos a lista completa dos Medicamentos de Alta Vigilância que você precisa ficar atento! Continue a leitura para saber mais.
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O que você quer ler primeiro?
O que são Medicamentos de Alta Vigilância
Alguns medicamentos possuem alto risco de provocar danos significativos aos pacientes em caso de falha no processo de utilização.
Esses são chamados de Medicamentos de Alta Vigilância (MAV), também conhecidos como Medicamentos Potencialmente Perigosos ou de Alto Risco.
Embora os erros com esses medicamentos não sejam os mais frequentes, suas consequências tendem a ser mais graves, podendo resultar em lesões permanentes ou até morte.
Apesar dos Medicamentos de Alta Vigilância não estarem associados a uma maior frequência de erros de medicação, quando esses erros ocorrem com MAV, as consequências tendem a ser mais graves, podendo causar danos permanentes ou até morte do paciente.
Lista de Medicamentos de Alta Vigilância
Alguns exemplos de medicamentos considerados de Alta Vigilância são:
- Antiarrítmicos (ex.: amiodarona);
- Anticoagulantes (ex.: heparina, varfarina);
- Antineoplásicos (ex.: quimioterápicos);
- Drogas vasoativas (ex.: noradrenalina, dopamina);
- Eletrólitos concentrados (ex.: cloreto de potássio);
- Heparina;
- Insulinas;
- Milrinona;
- Nutrição Parenteral;
- Opioides (ex.: morfina, fentanil);
- Propofol;
- Propranolol;
- Soluções parenterais de alta concentração.
Lembrando que cada instituição tem autonomia, de acordo com o seu perfil, para fazem a seleção destes medicamentos.
Institute for Safe Medication Practices (ISMP)
O Institute for Safe Medication Practices (ISMP) é uma organização sem fins lucrativos dedicada à prevenção de erros de medicação e à promoção da segurança do paciente.
Fundado em 1991, o ISMP oferece recursos educacionais, realiza pesquisas, desenvolve diretrizes de práticas seguras e colabora com instituições de saúde, indústrias farmacêuticas e órgãos reguladores para melhorar a segurança dos medicamentos.
A missão do ISMP é promover o uso seguro de medicamentos através da advocacia, pesquisa e educação.
O Institute for Safe Medication Practices (ISMP) publica uma lista de Medicamentos de Alta Vigilância (High-Alert Medications) que requerem precauções especiais para reduzir o risco de erros e minimizar danos aos pacientes.
Abaixo, listamos alguns dos medicamentos de alta vigilância destacados pela ISMP:
- Anticoagulantes (ex.: heparina, varfarina);
- Insulinas;
- Opioides (ex.: morfina, fentanil);
- Quimioterápicos;
- Eletrólitos concentrados (ex.: cloreto de potássio);
- Antiarrítmicos (ex.: amiodarona);
- Drogas vasoativas (ex.: noradrenalina).
A lista completa e detalhada pode ser acessada no site oficial da ISMP.
Ações para reduzir erros de medicações
Para reduzir erros de medicações, especialmente com os MAVs, existem várias estratégias, tais como:
Identificação e Rotulagem Adequada:
Utilização de etiquetas específicas, como a etiqueta da mão vermelha, simbolizando “Pare”, para destacar esses medicamentos durante todo o processo de utilização.
Sinalização Visual na Prescrição:
Uso de caneta marca-texto amarela para sinalizar a prescrição e inclusão da descrição “ALTA VIGILÂNCIA” na nomenclatura do medicamento.
Cadastro de Limites Terapêuticos:
Estabelecimento de limites de dose para evitar administrações inadequadas.
Alertas de Risco:
Implementação de sistemas de alerta para notificar profissionais sobre os riscos associados a determinados medicamentos.
Restrição de Acesso:
Limitar o acesso a esses medicamentos apenas a profissionais devidamente treinados.
Prescrição Eletrônica:
Adotar sistemas de prescrição eletrônica para reduzir erros de transcrição e interpretação.
Leitura de Código de Barras:
Uso de tecnologia de leitura de código de barras na dispensação, preparo e administração dos medicamentos para garantir a correta identificação.
Revisão Farmacêutica:
Revisão de 100% das prescrições de pacientes internados por farmacêuticos.
Bomba de Infusão Inteligente:
Utilização de bombas de infusão inteligentes que podem ser programadas para administrar a medicação com precisão.
Administração Eletrônica da Prescrição (ADEP):
Implementação de sistemas eletrônicos para garantir a correta administração dos medicamentos conforme prescrito.
Dupla Conferência:
Realização de dupla conferência no preparo e administração dos medicamentos para garantir a precisão e segurança.
Farmácias comuns podem vender Medicamentos de Alta Vigilância?
Sim. Farmácias comuns podem vender alguns medicamentos de alta vigilância (MAV). No entanto, esses medicamentos geralmente estão sujeitos a regulamentações rigorosas, que incluem:
- Necessidade de receita médica;
- Controle de estoque rigoroso;
- Procedimentos específicos para dispensação;
- Possíveis restrições adicionais determinadas por autoridades de saúde.
Farmácias devem garantir que esses medicamentos sejam manuseados com extremo cuidado e seguindo todas as orientações de segurança para evitar erros e danos aos pacientes.
Somente farmácia hospitalar pode aplicar Medicamentos de Alta Vigilância?
Não. Além das farmácias hospitalares, os Medicamentos de Alta Vigilância (MAV) podem ser administrados em farmácias comuns.
A aplicação ou administração dos MAVs, geralmente ocorre em ambientes controlados, como hospitais ou clínicas, onde há profissionais de saúde capacitados para garantir a segurança do paciente.
Acontece que a administração desses medicamentos em ambientes hospitalares é mais comum devido à necessidade de monitoramento rigoroso e procedimentos de segurança adicionais.
Conclusão
Os Medicamentos de Alta Vigilância (MAV) representam um desafio significativo no contexto da saúde no Brasil, assim como em outros países.
Tais medicamentos, que incluem anticoagulantes, insulinas, opioides, quimioterápicos, eletrólitos concentrados, antiarrítmicos e drogas vasoativas, possuem um alto potencial de causar danos graves aos pacientes se utilizados incorretamente.
Apesar de não serem os mais frequentemente associados a erros de medicação, quando ocorrem, as consequências tendem a ser severas, podendo resultar em lesões permanentes ou até morte.
Portanto, a gestão segura desses medicamentos é uma prioridade crucial para a segurança do paciente.
Além da correta gestão dos MAVs a farmácia precisa cuidar da gestão de estoque, vendas, financeiro e compras. Nisso tudo as soluções do InovaFarma podem te ajudar!
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