Ir para o conteúdo
blog inovafarma
  • Caixa de Ferramentas
  • Vídeos
  • Cursos
  • Soluções
  • Demonstração
blog inovafarma
Passo a Passo como adequar a farmácia para ter uma sala de vacinação

Passo a Passo: como adequar a farmácia para ter uma sala de vacinação

Por Lucas Sabadini / 6 de junho de 2025

A farmácia deixou de ser apenas um local para comprar medicamentos. Hoje, ela desempenha um papel essencial na prevenção de doenças e promoção da saúde, principalmente ao oferecer sala de vacinação.

Você sabia que um dos serviços que mais cresce é a vacinação? E não é à toa: o público busca conveniência, agilidade e segurança.

Mas será que vale a pena para a farmácia investir em uma sala de vacinação? Vamos explorar essa questão de forma clara e direta ao longo desse artigo!

Aplicativo para farmácias Visão Farma

Também recomendamos a leitura de:

>> 17 dicas para evitar medicamento vencido no estoque da farmácia

>> Saiba quanto custa para abrir uma farmácia de pequeno porte no Brasil

>> Tudo que a farmácia precisa saber sobre Receita Digital

O que você quer ler primeiro?

  • Por que sala de vacinação em farmácias tem crescido tanto?
    • Vale a pena a farmácia ter uma sala de vacinação?
  • O que é necessário para montar uma sala de vacinação na farmácia?
    • Os benefícios da sala de vacinação compensam o investimento?
  • Vale a pena montar sala de vacinação na farmácia?
  • 5 Passos para montar uma sala de Vacinação na farmácia
    • Passo 1: Documentação necessária
    • Passo 2: Capacitação do farmacêutico
    • Passo 3: Montando a sala de vacinação
    • Passo 4: Equipamentos da sala de vacinação
    • Passo 5: Registros e notificações das vacinações
  • A farmácia pode participar de campanhas de vacinação?
  • Conclusão

Por que sala de vacinação em farmácias tem crescido tanto?

Se você acha que vacinação é exclusividade de postos de saúde, pode repensar. O modelo de farmácias como centros de imunização tem se consolidado cada vez mais, e os motivos são vários.

Primeiro, a praticidade: o cliente pode se vacinar sem precisar agendar consulta ou enfrentar filas em unidades públicas. Sala de vacinação é uma conveniência a mais.

Segundo a confiabilidade: farmácias são ambientes já conhecidos e acessíveis para o público.

Terceiro, a ampliação do acesso à saúde: muitas pessoas deixam de se vacinar por falta de tempo ou uma sala de vacinação adequada, além de dificuldade de deslocamento até postos de saúde ou hospitais.

Com essa demanda crescente, a pergunta que fica é: vale mesmo o investimento em sala de vacinação?

Vale a pena a farmácia ter uma sala de vacinação?

No primeiro semestre de 2025, segundo pesquisa da Clinicarx, foram aplicadas mais de 304 mil doses de vacinas, envolvendo 37 imunizantes diferentes em mais de 3 mil farmácias espalhadas pelo Brasil.

Esses dados mostram a relevância crescente da vacinação no ambiente farmacêutico, não apenas pelo impacto direto na saúde pública, mas também pelo seu potencial econômico.

A vacinação segue sendo o serviço com maior tíquete médio e margem bruta por SKU, ou seja, além de salvar vidas e ampliar a cobertura vacinal, também gera alto retorno financeiro para as farmácias.

Esse equilíbrio entre impacto social e sustentabilidade do negócio torna a vacinação um dos serviços mais estratégicos para o setor.

Nesse cenário, fica claro que farmácias que investem em serviços clínicos e vacinação não apenas ampliam a fidelização de clientes, mas também se consolidam como referência em saúde e prevenção em suas comunidades.

O que é necessário para montar uma sala de vacinação na farmácia?

Como fazer a exposição correta dos produtos na farmácia

Antes de qualquer coisa, é preciso entender que uma sala de vacinação exige planejamento e estrutura específica. Não basta separar um cantinho e sair aplicando imunizantes.

Existem normas regulatórias estabelecidas pela ANVISA e pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) que precisam ser seguidas. Entre os requisitos, destacam-se:

  • Espaço físico adequado: A sala precisa ter pelo menos 6m², mas o ideal é que tenha 9m² para um melhor fluxo de trabalho.
  • Equipamentos obrigatórios: Câmara refrigerada exclusiva para vacinas, termômetro para controle de temperatura, ar-condicionado, pia para higienização das mãos, mobiliário adequado e insumos como seringas, algodão e caixas de descarte de material perfurocortante.
  • Controle rigoroso da temperatura: A Rede de Frio é um dos aspectos mais importantes. As vacinas devem ser mantidas entre +2ºC e +8ºC, e qualquer falha no armazenamento pode comprometer a eficácia do imunobiológico.
  • Profissionais capacitados: A aplicação das vacinas deve ser feita por um enfermeiro ou farmacêutico treinado, garantindo um atendimento seguro e humanizado.

Os benefícios da sala de vacinação compensam o investimento?

Aqui entra a grande questão: e o retorno financeiro? Implementar uma sala de vacinação na farmácia requer investimento inicial significativo, mas o retorno pode valer a pena.

  • Ampliação do público da farmácia: Pessoas que buscam vacinação podem se tornar clientes fiéis do estabelecimento, aumentando também a venda de outros produtos.
  • Serviço de alto valor agregado: Diferente da venda de medicamentos, que muitas vezes tem margens pequenas, a vacinação gera receita direta.
  • Diferencial competitivo: Ter esse serviço faz a farmácia se destacar da concorrência.
  • Parcerias e convênios: Muitas empresas buscam farmácias para imunizar seus funcionários, o que pode garantir contratos rentáveis.

Nem tudo é um mar de rosas. Investir na sala de vacinação também tem desafios.

Além do investimento inicial, a farmácia precisa estar atenta a questões burocráticas, como licenças sanitárias, fiscalização constante e capacitação contínua dos profissionais.

Também é fundamental manter um estoque eficiente para evitar perdas por vencimento de vacinas.

Vale a pena montar sala de vacinação na farmácia?

Sim, se a farmácia está em uma localização com demanda por vacinação, o investimento pode ser um grande diferencial competitivo e uma nova fonte de lucro.

No entanto, é fundamental fazer um planejamento adequado para evitar prejuízos e garantir que o serviço seja de alta qualidade.

A saúde preventiva nunca sai de moda, e a farmácia que oferece vacinação não está apenas lucrando, mas também contribuindo para a qualidade de vida da população.

5 Passos para montar uma sala de Vacinação na farmácia

A vacinação em farmácias ganhou um selo oficial com a Resolução RDC 197/2017 da Anvisa.

Esse foi um divisor de águas para o setor, abrindo espaço para que as farmácias deixassem de ser apenas um ponto de venda de medicamentos e passassem a integrar estabelecimentos que atuam ativamente na prevenção de doenças epidemiológicas.

Mas a grande questão agora é: como tirar isso do papel e montar uma sala de vacinação que seja segura e eficiente?

Com o sistema público de saúde sobrecarregado, as farmácias surgem como uma alternativa acessível para quem precisa se vacinar sem complicações.

Só que, para oferecer esse serviço com qualidade e dentro da lei, é preciso seguir um roteiro bem definido e atender a todas as exigências da regulamentação.

A seguir, listamos cinco passos para implantar uma sala de vacinação na farmácia, confira:

Passo 1: Documentação necessária

Antes de construir a sala de vacinação é necessário se atentar na parte burocrática.

É o que garante que sua farmácia esteja dentro das normas e possa oferecer a vacinação com segurança.

Sem esses documentos, nem adianta tentar começar sua sala de vacinação. Confira abaixo quais documentos são obrigatório para ter uma sala de vacinação na farmácia:

Alvará de funcionamento com os códigos:

  • Serviços Farmacêuticos (2.25.20-7);
  • Serviços de Vacinação (2.25.41-0).

Licença sanitária com autorização para imunização. Essa é a chancela oficial para que sua farmácia possa aplicar vacinas sem dor de cabeça.

Registro no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde). Esse é o RG da sua farmácia no mundo da saúde.

Contrato com empresas especializadas na coleta de materiais perfurocortantes. Agulhas e seringas precisam de um descarte seguro.

Calibração dos equipamentos. Refrigeradores e termômetros precisam estar ajustados para evitar qualquer variação de temperatura que comprometa as vacinas.

Monitoramento diário das temperaturas máxima e mínima dos equipamentos de armazenamento.

Gestão de tecnologias e processos conforme as normas sanitárias. Ou seja, tudo tem que seguir as diretrizes da vigilância sanitária para garantir a segurança de quem vai se vacinar.

Essa é a documentação base para oferecer um serviço de sala de vacinação legalizado e confiável.

Passo 2: Capacitação do farmacêutico

De nada adianta ter a estrutura perfeita na sala de vacinação se quem vai aplicar as vacinas não estiver devidamente preparado.

Por isso, antes de arregaçar as mangas e começar a aplicar vacinas na farmácia, o farmacêutico precisa de uma qualificação específica para atuar nessa área.

Mas calma, não é qualquer cursinho rápido da internet.

Para estar apto, o profissional deve concluir um curso de formação complementar, que precisa cumprir os referenciais mínimos exigidos pela norma e ser apresentado ao Conselho Regional de Farmácia (CRF) da região.

Sem esse documento em mãos, o farmacêutico não pode aplicar vacinas na sala de vacinação.

Locais em o farmacêutico pode fazer o curso de vacinação:

  • Instituições credenciadas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF);
  • Faculdades e universidades reconhecidas pelo MEC que ofereçam essa capacitação.

Observação: Quem já tem uma pós-graduação compatível com as exigências da norma ou possui pelo menos um ano de experiência comprovada na área (antes da publicação da resolução) também pode ser habilitado. Mas, claro, tudo precisa ser oficializado junto ao CRF.

Para garantir um atendimento seguro, a recomendação é que o farmacêutico realize um curso de Suporte Básico de Vida e mantenha seus conhecimentos atualizados todos os anos.

Isso é fundamental para acompanhar as diretrizes do Programa Nacional de Imunização e estar sempre preparado para qualquer eventualidade.

Ou seja, conhecimento aqui não é só um diferencial – é um requisito essencial para garantir um serviço seguro e de qualidade na sala de vacinação da farmácia.

Passo 3: Montando a sala de vacinação

Agora que a burocracia está resolvida e o farmacêutico está treinado, é hora de preparar a sala de vacinação.  

Exemplo de sala de vacinação na farmácia
Exemplo de sala de vacinação na farmácia

A sala de vacinação precisa atender a alguns requisitos mínimos para garantir segurança, higiene e conforto tanto para o profissional quanto para o paciente. A sala de vacinação precisa ter:

Tamanho da sala: O espaço precisa ter pelo menos 6m², suficiente para garantir um ambiente funcional e organizado.

Higiene sempre em dia: Isso significa ter suporte para sabonete líquido, papel toalha e lixeira com pedal. Nada de contato direto com superfícies que possam espalhar microrganismos.

Recepção separada: A área de espera deve ser dimensionada de acordo com a demanda da farmácia e separada da sala de vacinação.

Estrutura sanitária:  É obrigatório ter um sanitário, pia para lavagem das mãos e uma bancada de apoio. Isso facilita a higienização e garante um ambiente adequado para o procedimento na sala de vacinação.

Armazenamento correto: Todo material usado na administração das vacinas dentro da sala de vacinação precisa ter um local próprio para guarda.

Passo 4: Equipamentos da sala de vacinação

Agora que o espaço da sala de vacinação está quase pronto, é hora de garantir que tudo esteja bem equipado.

Afinal, sem os itens certos, o atendimento pode virar um verdadeiro caos. A estrutura precisa ser segura, funcional e dentro das exigências sanitárias.

A sala de vacinação na farmácia precisa ter:

Maca, mesa e cadeira: O essencial para que o paciente fique confortável e o farmacêutico tenha um espaço organizado para trabalhar.

Termômetro de momento: Esse equipamento mede a temperatura em tempo real, registrando os valores máximo e mínimo do dia. Deve ter cabos extensores para monitorar as caixas térmicas, garantindo que as vacinas estejam sempre dentro da faixa segura.

Refrigeração exclusiva: A vacina não pode ficar em qualquer geladeira! É obrigatório ter um equipamento de refrigeração específico para imunobiológicos, devidamente regularizado pela Anvisa e equipado com um termômetro de momento para controle preciso da temperatura.

Descarte seguro: Materiais perfurocortantes (como seringas e agulhas) precisam de recipientes apropriados, assim como os resíduos biológicos. Esses resíduos não podem ser descartados no lixo comum!

Caixa térmica de qualidade: Tem que ser de material durável e fácil de higienizar. Isso garante que as vacinas fiquem protegidas e armazenadas corretamente durante o transporte ou uso temporário.

Com esses equipamentos na sala de vacinação, a farmácia já tem tudo o que precisa para oferecer vacinação com segurança e eficiência.

Passo 5: Registros e notificações das vacinações

Agora que a sala de vacinação está montada, é hora de garantir que cada detalhe da vacinação seja devidamente registrado.

Não é só aplicar a vacina, é preciso manter a rastreabilidade e a transparência, garantindo a segurança do paciente e a conformidade com as normas. E isso exige organização e atenção redobrada do farmacêutico.

Registrar as vacinas aplicadas: Cada dose precisa ser anotada no cartão de vacinação e também no sistema de informação definido pelo Ministério da Saúde. Isso cria um histórico de vacinas, que pode ser consultado sempre que necessário.

Prontuário individual: Para cada paciente, é necessário manter um prontuário com registro de todas as vacinas aplicadas. Isso deve ser acessível tanto ao usuário quanto às autoridades sanitárias.

Comprovação da origem das vacinas: Nunca se esqueça de manter, à disposição da autoridade sanitária, documentos que comprovem a origem das vacinas. Ou seja, você deve ter como provar de onde vieram as vacinas usadas na sala de vacinação.

Notificação de eventos adversos pós-vacinação (EAPV): Caso algum efeito colateral aconteça após a vacinação, a notificação obrigatória ao Ministério da Saúde deve ser feita de imediato.

Erros de vacinação: Se algo der errado no procedimento na sala de vacinação, é preciso notificar o erro no sistema da Anvisa e investigar a fundo o que pode ter causado o incidente.

Investigação de falhas: É essencial investigar qualquer incidente ou erro que tenha ocorrido, para garantir que não se repita.

Com esses registros bem-feitos, você cumprirá todos os requisitos legais para ter uma sala de vacinação na farmácia e proporcionando um atendimento cada vez mais confiável e transparente.

A farmácia pode participar de campanhas de vacinação?

Sim. Segundo a RDC Nº 197 da ANVISA, de 2017, ampliou as opções de onde a população pode ser atendida: farmácias e drogarias agora fazem parte dessa rede de serviços de vacinação humana.

As exigências para farmácias são as mesmas de clínicas e postos de saúde, ou seja, qualidade e segurança para todos.

A Lei 13.021/2014, no artigo 7, já abre a porta para farmácias poderem oferecer vacinas e soros que atendam às necessidades da população, sempre de acordo com o perfil epidemiológico da região.

Além disso, com a RDC nº 44/09, farmácias e drogarias podem participar ativamente de campanhas e programas de saúde pública, como vacinação e educação sanitária.

E, com isso, surge uma grande vantagem para quem procura vacinas: elas ficam mais acessíveis, sem aquele preço salgado das clínicas populares.

É inegável que as campanhas de vacinação têm sido essenciais no controle de doenças no Brasil. No entanto, muitos municípios ainda enfrentam desafios imensos.

Em casos de surtos, como o da febre amarela, vacinar toda a população a tempo de evitar uma epidemia se torna quase uma missão impossível.

Com isso, a população acaba se vendo exposta, enfrentando longas filas desde as madrugadas, tudo na tentativa de garantir uma vacina.

Justamente nesse cenário, a sala de vacinação na farmácia é um aliado na imunização da população.

Conclusão

Enquanto o número de salas de vacinação na farmácia aumenta, a concorrência também fica mais acirrada, e nem todos os profissionais da saúde estão por dentro das normas e regulamentações.

Isso pode gerar certo desrespeito e confusão, especialmente entre aqueles que não conhecem a RDC Nº 574/13, do CFF, que detalha as competências do farmacêutico na aplicação de vacinas nas farmácias e drogarias.

Aqui, a legislação é clara: o farmacêutico tem direitos e deveres bem definidos. E, mais do que isso, é fundamental que o farmacêutico se capacite, se atualize e, claro, ofereça um atendimento de qualidade e humanizado.

INOVAFARMA - app delivery

Afinal, isso não só beneficia a população, mas também eleva o reconhecimento profissional e reafirma o papel essencial do farmacêutico para a saúde pública.

Além disso, a sala de vacinação na farmácia é uma ótima fonte de receita alternativa para aumentar os lucros dos estabelecimentos, oferecendo comodidade para a população.

E para você que deseja melhorar os processos de gestão na sua farmácia, convidamos a conhecer as soluções do InovaFarma.

Fale agora com um de nossos consultores e peça sua demonstração gratuita. Se preferir, chame no whatsapp!

Demonstração gratuita do sistema InovaFarma

Para ter mais dicas se inscreve no nosso Canal do YouTube e siga nossas páginas do Facebook e Instagram!

Assuntos semelhantes

Guia Completo: Passo a passo de como montar uma farmácia do zero

Você está pensando em como montar uma farmácia? Listamos todos os prós e contras de começar do zero ou comprar…

Entenda qual é a diferença entre farmácia e drogaria

Explicamos de forma simples e descomplicada qual a diferença entre farmácia e drogaria para você nunca mais errar! Confira.

← Post anterior
Post seguinte →
  • Caixa de Ferramentas
  • Vídeos
  • Cursos
  • Soluções
  • Demonstração

Copyright © 2025 Blog InovaFarma | Precisão Sistemas

Rolar para cima