Sua farmácia vende medicamentos antimicrobianos? Esses medicamentos são essenciais para a saúde da população, salvando milhões de vidas desde sua descoberta no século passado.
E para que você que ainda têm dúvidas sobre o que são medicamentos antimicrobianos, como fazer a dispensação de medicamentos antimicrobianos e quais são esses medicamentos, preparamos um tira dúvidas completo acerca desse assunto. Avance a leitura para saber!
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O que você quer ler primeiro?
O que são medicamentos antimicrobianos?
Em poucas palavras, os medicamentos antimicrobianos podem ser definidos como sendo uma classe de medicamentos com a capacidade de inibir ou mesmo destruir por completo o crescimento de micro-organismos, como por exemplo:
- bactérias;
- fungos;
- parasitas; e
- vírus.
Os medicamentos antimicrobianos são amplamente usados no tratamento de infecções causados pelos micro-organismos, sendo prescritos para tratar uma série de doenças, que vão desde simples infecções comuns (gripes), até casos mais graves de infecções (meningite e pneumonia).
Exemplos de medicamentos antimicrobianos
Abaixo listamos alguns exemplos de medicamentos antimicrobianos que são comuns nas farmácias e drogarias:
- Amoxicilina
- Azitromicina
- Cefalexina
- Ciprofloxacino
- Claritromicina
- Clindamicina
- Doxiciclina
- Levofloxacino
- Linezolida
- Metronidazol
- Moxifloxacino
- Penicilina G
- Penicilina V
- Rifampicina
- Tetraciclina
- Vancomicina
- Ceftazidima
- Imipenem
- Meropenem
- Piperacilina + Tazobactam
- Ceftriaxona
- Eritromicina
- Fosfomicina
- Gentamicina
- Sulfametoxazol + Trimetoprima
- Nitrofurantoína
- Polimixina B
- Colistina
- Daptomicina
- Dalbavancina
- Telavancina
- Oritavancina
- Tigeciclina
- Aztreonam
- Meropenem + Vaborbactam
- Ceftolozana + Tazobactam
- Ceftazidima + Avibactam
- Cefiderocol
- Ceftarolina
- Ceftobiprole
- Dicloxacilina
- Flucloxacilina
- Ertapenem
- Ampicilina + Sulbactam
- Cefepima
- Meticilina
- Norfloxacino
- Ofloxacino
- Sparfloxacino
- Sultamicilina
Lista dos medicamentos antimicrobianos
Para ter a relação completa dos insumos antimicrobianos, basta consultar a RDC número 174/17:
- Ácido clavulânico
- Ácido fusídico
- Ácido nalidíxico
- Ácido oxolínico
- Ácido pipemídico
- Amicacina
- Amoxicilina
- Ampicilina
- Axetilcefuroxima
- Azitromicina
- Aztreonam
- Bacitracina
- Besifloxacino
- Brodimoprima
- Capreomicina
- Carbenicilina
- Cefaclor
- Cefadroxil
- Cefalexina
- Cefalotina
- Cefazolina
- Cefepima
- Cefodizima
- Cefoperazona
- Cefotaxima
- Cefoxitina
- Cefpodoxima
- Cefpiroma
- Cefprozil
- Ceftadizima
- Ceftarolina fosamila
- Ceftriaxona
- Cefuroxima
- Ciprofloxacina
- Claritromicina
- Clindamicina
- Clofazimina
- Clorfenesina
- Cloranfenicol
- Cloxacilina
- Dactinomicina
- Daptomicina
- Dapsona
- Dicloxacilina
- Difenilsulfona
- Diidroestreptomicina
- Diritromicina
- Doripenem
- Doxiciclina
- Eritromicina
- Ertapenem
- Espectinomicina
- Espiramicina
- Estreptomicina
- Etambutol
- Etionamida
- Fosfomicina
- Ftalilsulfatiazol
- Gatifloxacina
- Gemifloxacino
- Gentamicina
- Gramicidina
- Imipenem
- Isoniazida
- Levofloxacina
- Linezolida
- Limeciclina
- Lincomicina
- Lomefloxacina
- Loracarbef
- Mandelamina
- Meropenem
- Metampicilina
- Metronidazol
- Minociclina
- Miocamicina
- Mitomicina
- Moxifloxacino
- Mupirocina
- Neomicina
- Netilmicina
- Nitrofural
- Nitrofurantoína
- Nitroxolina
- Norfloxacina
- Ofloxacina
- Oxacilina
- Oxitetraciclina
- Pefloxacina
- Penicilina G
- Penicilina V
- Piperacilina
- Pirazinamida
- Polimixina B
- Pristinamicina
- Protionamida
- Retapamulina
- Rifabutina
- Rifamicina
- Rifampicina
- Rifapentina
- Rosoxacina
- Roxitromicina
- Sulbactam
- Sulfacetamida
- Sulfadiazina
- Sulfadoxina
- Sulfaguanidina
- Sulfamerazina
- Sulfanilamida
- Sulfametizol
- Sulfametoxazol
- Sulfametoxipiridazina
- Sulfametoxipirimidina
- Sulfatiazol
- Sultamicilina
- Tazobactam
- Tedizolida
- Teicoplanina
- Telitromicina
- Tetraciclina
- Tianfenicol
- Ticarcilina
- Tigeciclina
- Tirotricina
- Tobramicina
- Trimetoprima
- Trovafloxacina
- Vancomicina
Fonte: RDC nº 174/17
Quais são os tipos de medicamentos antimicrobianos?
Existem diferentes tipos de medicamentos antimicrobianos:
- antibióticos;
- antivirais;
- antifúngicos; e
- antiparasitários.
Cada tipo de medicamento antimicrobiano é específico para um determinado grupo de micro-organismos, funcionando de formas diferentes no combate da infecção. A seguir, vamos entender como cada tipo de comporta.
Medicamentos antimicrobianos: antibióticos
A primeira dúvida que muitos profissionais de saúde acabam tendo é: antibiótico é antimicrobiano? E a resposta é sim! Os antibióticos são uma classe de medicamentos antimicrobianos.
De forma mais técnicas, os medicamentos antibióticos são na verdade uma classe de medicamentos antimicrobianos. Eles são utilizados para tratar infecções causadas pelas bactérias.
O antibiótico é desenvolvido para matar ou impedir a proliferação das bactérias no corpo, inibindo a capacidade de se reproduzir e se espalhar desses micro-organismos.
Os antibióticos são amplamente usados para combater infecções:
- do trato urinário;
- infecções de pele;
- infecções do trato gastrointestinal;
- infecções respiratórias;
- dentre outras.
No mercado de varejo farmacêutico podem ser encontrados tipos distintos de medicamentos antibióticos, como por exemplo:
- cefalosporinas;
- fluoroquinolonas.
- macrolídeos;
- penicilinas; e
- tetraciclinas.
Lembrando que os medicamentos antimicrobianos do tipo antibióticos são ineficazes contra infecções virais, além disso, seu uso sem orientação médica pode até mesmo agravar a infecções, visto que o micro-organismo pode criar uma certa resistência ao medicamento, tornando a infecção ainda mais difícil de tratar.
Quando surgiu o medicamento antibiótico?
Talvez você já tenha ouvido falar do surgimento dos medicamentos antibióticos, mas não sabia disso! Tudo começou por acaso, quando o cientista inglês Alexander Fleming percebeu na cultura de bactérias em que estava estudando, acabou sendo contaminado por um fundo do gênero Penicillium.
O resultado da contaminação foi a inibição do crescimento das bactérias. Ao olhar mais atentamente, Fleming descobriu que o fundo produzia uma substância antibacteriana, ou seja, que combate as bactérias. Então, em 1928, surgiu a Penicilina, o primeiro medicamento antimicrobiano!
Essa descoberta foi revolucionária, uma vez que contribuiu para salvar milhões de vidas no combate de doenças causadas por bactérias. A título de curiosidade, a produção de Penicilina somente foi usada em larga escala após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Em seguida, os estudos avançaram, permitindo a descobertas dos vários tipos de medicamentos antimicrobianos que conhecemos hoje em dia.
Medicamentos antimicrobianos: antivirais
Como o próprio nome já nos revela, os medicamentos antimicrobianos do tipo antiviral são usados para combater e tratar infecções causadas por vírus. As doenças mais comuns que são tratadas com antivirais são:
- gripe;
- hepatite C;
- herpes; e
- HIV.
A forma de atuação do medicamento antiviral é basicamente impedindo a capacidade de reprodução do vírus, fazendo com que o mesmo não se espalhe pelo corpo, inibindo a progressão da doença para estágios mais graves.
Cada medicamento antiviral pode funcionar de uma forma diferente, alguns são inibidores da protease, outros atuam como inibidores da transcriptase reversa, já outros podem atuar como inibidores da entrada do vírus ou inibidores da neuraminidase.
Ressaltando que como acontece com os medicamentos antibióticos, que são ineficazes para o combate de vírus; os medicamentos antivirais são ineficazes contra bactérias. Além disso, o uso de antivirais de forma inadequada, também contribui para a resistência viral, resultando em maior dificuldade no tratamento.
Medicamentos antimicrobianos: antifúngicos
Medicamentos antifúngicos são aqueles prescritos para o tratamento de infecções oriundas por fungos. Atuam na destruição e impedem a proliferação dos fundos no paciente. Os antifúngicos mais comuns são: azóis, equinocandinas e polienos.
Esse tipo de medicamento antimicrobiano é comumente usado para tratar infecções de fungos na:
- boca;
- órgãos internos (pulmões, por exemplo);
- pele; e
- unhas.
Geralmente, é comum na farmácia o paciente apresentar a prescrição médica de medicamento antifúngico para o combate de:
- pé de atleta;
- candidíase;
- meningite fúngica.
Como acontece com todas os tipos de medicamentos antimicrobianos, os antifúngicos também necessitam de prescrição médica e deve ser usado sob orientação de profissional devidamente habilitado, pois caso seja usado de forma inadequada, pode agravar a infecção.
Medicamentos antimicrobianos: antiparasitários
O tratamento de infecções que são causadas por parasitas é feito por meio dos medicamentos antiparasitários. Tais micro-organismos vivem dentro e se alimentam do próprio organismo do paciente, causando uma série de doença, dentre as mais comuns destacamos:
- doença de Chagas;
- esquistossomose;
- lombriga;
- malária; e
- piolho.
Os medicamentos antiparasitários têm a capacidade de matar os parasitas, além de impedir a multiplicação pelo corpo desses organismos. Os antiparasitários podem ser administrados por injetáveis, via oral ou tópica, de acordo com o tipo de parasita e gravidade diagnosticado no paciente.
Podemos elencar os seguintes exemplos de medicamentos antimicrobianos do tipo antiparasitários:
- albendazol;
- artemisininas;
- metronidazol; e
- praziquantel.
Para esse tipo de medicamento antimicrobiano, vale a mesma recomendação dos demais, é preciso cautela em sua utilização, somente por diagnóstico e receituário médico, visto que seu uso inadequado por aumentar a infecção e sobretudo causar resistência parasitária, agravando o quadro clínico no paciente.
Porque os antibióticos devem ser utilizados somente com recomendação médica?
A classe terapêutica antimicrobiana pode causar graves efeitos colaterais ao organismo, caso não seja administrada de forma adequada. Tais medicamentos antimicrobianos são poderosos, por assim dizer, por isso devem ser usados com cautela.
Somente o profissional médico devidamente habilitado pode diagnosticar e receitar medicamentos antimicrobianos, analisando se realmente é viável o uso desse tipo de medicamento, qual o mais adequado, dose e duração do tratamento, garantindo a eficácia do tratamento de infecções.
Nesse sentido, a automedicação é um grave risco à saúde coletiva, visto que muitas pessoas fazem o uso de medicamentos sem qualquer orientação do profissional de saúde, sobretudo, de medicamentos que possuem alto risco à saúde, como acontece com os medicamentos antimicrobianos.
Por todas essas razões, é importante deixar claro que antimicrobianos apenas podem prescritos por médicos.
Somente o farmacêutico pode vender medicamentos antimicrobianos?
Sim. Conforme estabelecido na Lei número 13.021/14, a responsabilidade técnica pela dispensação de medicamentos em estabelecimentos farmacêuticos é exclusiva do farmacêutico, sendo este profissional habilitado para orientar sobre o uso correto dos medicamentos, verificar as prescrições médicas, checar as interações medicamentosas e garantir a segurança do paciente.
Sendo mais claro, apenas o farmacêutico pode realizar a venda e a dispensação de medicamentos antimicrobianos na farmácia ou drogaria. Essa determinação acontece porque esses medicamentos têm ação sobre os microrganismos e podem afetar a saúde do paciente de forma grave, exigindo um cuidado especial na hora da dispensação.
Compete ao profissional farmacêutico verificar a prescrição médica e avaliar se ela atende às exigências legais, além de orientar o paciente sobre a dosagem correta, a duração do tratamento, as precauções e as reações adversas possíveis.
O farmacêutico pode prescrever medicamentos antimicrobianos?
Não. É importante deixar bem claro que o farmacêutico não pode prescrever medicamentos antimicrobianos, nem ao menos realizar diagnósticos de qualquer natureza.
O papel do farmacêutico se restringe apenas em orientar o paciente sobre o uso correto dos medicamentos prescritos pelo médico.
Como fazer a dispensação de medicamentos antimicrobianos?
A dispensação de medicamentos antimicrobianos deve ser feita com muita cautela, pois esse tipo de medicamento é importante para o tratamento de infecções, porém, também causam efeitos colaterais sérios e ainda podem levar à resistência antimicrobiana, caso não forem utilizados corretamente.
Abaixo, listamos os principais passos que o responsável técnico deve seguir na hora de fazer a dispensação de medicamentos antimicrobianos:
Analisar a autenticidade da prescrição médica
Antes mesmo de dispensar o medicamento no balcão da farmácia, é de suma relevância que o farmacêutico faça a verificação de toda a receita, buscando saber a origem da emissão, isto é, confirmar se foi realmente prescrita por um médico.
Verificar todas as informações do paciente
Nessa etapa da dispensação, o farmacêutico deve cuidadosamente verificar se o paciente possui alergia a algum medicamento, ou está tomando outros medicamentos que possam interagir com o antimicrobiano.
Fazer a correta orientação sobre o uso do medicamento
Nesse ponto, é preciso atentar-se para a integridade das informações, pois muitas receitas são escritas “à mão”, em outras palavras, o farmacêutico não pode, em hipótese alguma, ficar com dúvidas sobre o nome do medicamento, qual a dosagem, posologia, via de administração, frequência e duração do tratamento, bem como sobre os possíveis efeitos colaterais e como lidar com eles.
Se por ventura surgir dúvidas, o médico deve ser consultado imediatamente, uma vez que as informações de contato desse profissional são obrigatórias na prescrição.
Registrar corretamente a dispensação no sistema
Por se tratar de uma classe de medicamentos “muito perigosa”, os antimicrobianos têm um controle especial da Vigilância Sanitária, por meio do SNGPC.
Então, é recomendado que o farmacêutico sempre faça a devida conferência das informações preenchidas no sistema da farmácia, que fará o envio de entradas e saídas desses medicamentos de forma eletrônica, assim, evita problemas futuros junto ao órgão sanitário, em caso de fiscalização.
Existe algum medicamento antimicrobiano que não precisa de receita?
Não. Até o presente momento, os medicamentos antimicrobianos (antibióticos, antivirais, antifúngicos e antiparasitários) só podem ser vendidos sob prescrição médica.
Logo, é importante que esses medicamentos sejam prescritos e dispensados apenas por profissionais de saúde autorizados e capacitados.
Qual a validade da receita dos medicamentos antimicrobianos?
Conforme consta na Portaria número 344/98 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a receita para a dispensação de medicamentos antimicrobianos tem validade de 10 dias a partir da data de emissão.
Após esse período, a receita já não é mais válida, sendo assim, o paciente precisa obter uma nova receita para continuar o seu tratamento.
Como é feito o controle dos medicamentos antimicrobianos?
Todo o controle dos medicamentos antimicrobianos passa pelo SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados. Ela é uma ferramenta informatizada, disponibilizada para as farmácias e drogarias registrarem e controlar o estoque, compra, venda e dispensação de medicamentos antimicrobianos.
Todo estabelecimento que vende medicamentos antimicrobianos é obrigado por lei a fornecer informações ao SNGPC sobre a movimentação desses medicamentos, como:
- data da venda;
- dentre outras informações.
- número da nota fiscal;
- número da receita médica;
- quantidade de medicamentos comprados e vendidos;
Sua loja ainda não vende antimicrobianos? Então recomendamos o artigo: Passo a Passo para Começar a Vender Medicamentos Controlados.
Conclusão
Deu para perceber que os medicamentos antimicrobianos são essenciais para a saúde da população, desde seu surgimento em 1928 por meio da Penicilina, já salvou milhões de vidas por todo o globo.
Contudo, é preciso cautela no uso desse tipo de medicamento, justamente por isso, a ANVISA determina um controle especial na comercialização junto às farmácias e drogarias, por meio do SNGPC.
E para sua farmácia também oferecer os medicamentos antimicrobianos, é preciso contar com um sistema homologado com o SNGPC, já pronto para fazer as vendas conforme a legislação da ANVISA. Nisso, podemos te ajudar!
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